domingo, 30 de março de 2008

Antes que eu me apresente...






Casa triangular



Haverá em paredes transparentes
O meu lugar predileto?
Existir no alto de um arranha-céu
Meus anjos seculares de pedra.
Poderá ter lugares onde eu me ache?
Onde estarei seguro, abraçado?

Um vilarejo triste, com ruas de gelo
Uma casa triangular, velha, podre.
De telhados brancos que escorrem lagrimas
Com portas abertas que rugem ao vento.

Barulhos suicidas, penetrantes em mim.
Um eu que veste cinza, que dorme tarde
Acorda cedo e espera os corvos
Que lhes consola, mas esta morrendo
Morre a todo encontro, em cada boca.

Arvores secas num cenário claro
Caminho triste de pés molhados
Gelado, dormente, cansado, ando mais
Direção uniforme a mercê de vândalos
Que queimam poemas, e pisam em meu coração.


(Gabriel C.)

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