Ao Dormir
Quando visto o terno de fim, me caibo
E de pouco em muito sinto tudo,
Acho que esses óculos ver-me fizeram
Que carrego mais peso do que vida.
As vezes, conto o ridículo da imensidão,
Tentando encontrar o fim, o motivo;
Tudo que é tão, mais pesado que o mundo,
Tudo que possa guardar o infinito,
E o pouco que posso exercer com o tempo;
As coisas passam, mas não passo
Filetes e vestígios de mim, sou maior
E tão pequeno quanto areia
Seja ela em sua forma, seja ela em grão.
Encontrarei pessoas e pessoas nas ruas
E elas tão coloridas, tão piores e cegas
Esses amantes e amados, essa multidão.
Que os lábios a procura, correm nas bocas,
Mas no fim, à noite, em casa; Estão só
Dormem com frio, cobrem com a solidão.
Só os sentidos, os amantes (os verdadeiros)
Sejam platonicistas ou não, sejam poetas
Descansam jamais, mas a cama estão aos suspiros,
Acariciando o todo e verdadeiro amor.
Gabriel C., estas conversas com Thaynne, Linda Èbano!
Quando visto o terno de fim, me caibo
E de pouco em muito sinto tudo,
Acho que esses óculos ver-me fizeram
Que carrego mais peso do que vida.
As vezes, conto o ridículo da imensidão,
Tentando encontrar o fim, o motivo;
Tudo que é tão, mais pesado que o mundo,
Tudo que possa guardar o infinito,
E o pouco que posso exercer com o tempo;
As coisas passam, mas não passo
Filetes e vestígios de mim, sou maior
E tão pequeno quanto areia
Seja ela em sua forma, seja ela em grão.
Encontrarei pessoas e pessoas nas ruas
E elas tão coloridas, tão piores e cegas
Esses amantes e amados, essa multidão.
Que os lábios a procura, correm nas bocas,
Mas no fim, à noite, em casa; Estão só
Dormem com frio, cobrem com a solidão.
Só os sentidos, os amantes (os verdadeiros)
Sejam platonicistas ou não, sejam poetas
Descansam jamais, mas a cama estão aos suspiros,
Acariciando o todo e verdadeiro amor.
Gabriel C., estas conversas com Thaynne, Linda Èbano!