Fingida dor
E vem mais uma vez
Tu como repentina flor
Falsa! Nuvem de chuva.
Entra em meus cadernos
Assim com andar pretensioso
Com essa escrita muda,
E pensa ainda me tocar;
Sumas demais maldita obra
Que também marcada, ultrapassada
Que não cabe na dor
Que dá volume ao ódio
Não sei relatar tal sentido.
E como novo escreve
Que de mim basta partida,
Mas é só minha chaga, é só
Então me deixe, me bani de amigo.
Esse sorriso é feliz, é sim
Mas não para tais fins, o seu,
Nem pra alimentar teu alivio,
Pois eu sofro. E se assim é tua
A dor que desmancho nas letras;
E você escreve com outra
Com alguma fingida lagrima.
Se digo que vou, passado sonho
Se hoje admito a inspiração
É o que me resta a lua cheia
As fotos, os sorrisos. Assim eu parto.
Durma até mais ou então cale-se
Desvirtue-se de meu passado,
Que seja cosmopolita tudo que por mim
Desejas, como o que não quero;
E vem mais uma vez
Tu como repentina flor
Falsa! Nuvem de chuva.
Entra em meus cadernos
Assim com andar pretensioso
Com essa escrita muda,
E pensa ainda me tocar;
Sumas demais maldita obra
Que também marcada, ultrapassada
Que não cabe na dor
Que dá volume ao ódio
Não sei relatar tal sentido.
E como novo escreve
Que de mim basta partida,
Mas é só minha chaga, é só
Então me deixe, me bani de amigo.
Esse sorriso é feliz, é sim
Mas não para tais fins, o seu,
Nem pra alimentar teu alivio,
Pois eu sofro. E se assim é tua
A dor que desmancho nas letras;
E você escreve com outra
Com alguma fingida lagrima.
Se digo que vou, passado sonho
Se hoje admito a inspiração
É o que me resta a lua cheia
As fotos, os sorrisos. Assim eu parto.
Durma até mais ou então cale-se
Desvirtue-se de meu passado,
Que seja cosmopolita tudo que por mim
Desejas, como o que não quero;
Nem felicite-se desse grande cinismo;
Me deixe mentir, me deixe amar.
O que faço agora nas manhas maresias
É olhar as loiras ouro nada enigmáticas
Que passam na linda Cláudio Coutinho,
Ou ficar aqui com o limitado dominó
É essa angustia de tempo;
Com meus velhos cacoetes, meus cabelos;
Vigiando as andorinhas, descrevendo a dor;
Dando beijos no ar, como amante
Suportando sua alegria, mas chorando.
Me deixe mentir, me deixe amar.
O que faço agora nas manhas maresias
É olhar as loiras ouro nada enigmáticas
Que passam na linda Cláudio Coutinho,
Ou ficar aqui com o limitado dominó
É essa angustia de tempo;
Com meus velhos cacoetes, meus cabelos;
Vigiando as andorinhas, descrevendo a dor;
Dando beijos no ar, como amante
Suportando sua alegria, mas chorando.
Gabriel C., 23 de julho de 2008