segunda-feira, 31 de março de 2008







Minha Infância



Preciso me procurar nos armários velhos
Ver como eram meus olhos, quando antes
Antes, bem antes veria vidas tão fáceis
Construía castelos duros, eternos

Brinquei tantas vezes sendo fruto, semente
Vi-me raiz de uma infância breve
Colecionei os insetos, as tias, os mapas
Mas esqueci de como sorrir sem cinismo

Sou infame agora, inundado de princípios
De como chorar, pra onde olhar
Deixei meus brinquedos do lado de fora
E me trouxe só, cheio e amargo

Ah! Como era linda minha criança
Meus pés não tinham medo da terra
De me sujar em total sordidez súbita
Era uma vez, tudo era fácil e eu não sabia.

Gabriel C. , 13 de dezembro de 2007

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