terça-feira, 8 de abril de 2008




O fim do asfalto



Depois de tanto andar sozinho
Despertei no leito de areia
No torpor daquela tarde,
Tarde cinza que ardia
Nos meus olhos nus
Acabados de nascer
A luz transparecia a alma
E do orvalho que desce de mim,
De onde derroto os sentidos,
Sentidos até bélicos. Estou no deserto,
Tenho sede de vida, puro desejo.
Calor, o ardor, o arder... Eu viajante
Ancorado onde acaba o asfalto
Onde mora o amor pra sempre
Onde perece o coração de mim
Onde esqueci minha carne sem pecado.

Gabriel C. , 5 de abril de 2008

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