Pautas
Desgraço a noite que cai em mirra,
Desminto as borboletas, elas dizem “acabou”
Elas mentem, tenho sangue que não para
Que escorre por dias, por meses.
Tenho desenhos, pétalas de livros;
Moro numa casa destelhada, volto,
Vem toda angustia,o órgão bate, aperta,
Sinto, quando o frio do sul invade meu corpo.
Não sou a garça que migra, meus sois
São quentes encefálicos, são lagrimas;
Deve ao meu dia, a que inventei escrever
As coisas, a plenitude tão interna.
Vivo na trema vontade sonora; telepática
Quero, evito, mas é, mês vem, é tudo...
Há aqui melodias, rosas e espinhos;
Que tirei de seios alheios, de calores.
A canção, o piano infestado de musgo,
O horizonte que vejo, menino o vento
Bate,a pipa não leva as cinzas, a terra,
A poça onde semeei a solidão,o fim.
Assim não se dá final, adeus, jamais,
O gume que lambe, o galado que corta;
Os temores que odeio. Quero viver
Sem precisar chorar nas pautas caladas.
(contradições) Gabriel C., 29 de maio 2008
Desgraço a noite que cai em mirra,
Desminto as borboletas, elas dizem “acabou”
Elas mentem, tenho sangue que não para
Que escorre por dias, por meses.
Tenho desenhos, pétalas de livros;
Moro numa casa destelhada, volto,
Vem toda angustia,o órgão bate, aperta,
Sinto, quando o frio do sul invade meu corpo.
Não sou a garça que migra, meus sois
São quentes encefálicos, são lagrimas;
Deve ao meu dia, a que inventei escrever
As coisas, a plenitude tão interna.
Vivo na trema vontade sonora; telepática
Quero, evito, mas é, mês vem, é tudo...
Há aqui melodias, rosas e espinhos;
Que tirei de seios alheios, de calores.
A canção, o piano infestado de musgo,
O horizonte que vejo, menino o vento
Bate,a pipa não leva as cinzas, a terra,
A poça onde semeei a solidão,o fim.
Assim não se dá final, adeus, jamais,
O gume que lambe, o galado que corta;
Os temores que odeio. Quero viver
Sem precisar chorar nas pautas caladas.
(contradições) Gabriel C., 29 de maio 2008
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