sábado, 2 de agosto de 2008




Corações Amigos



Outra vez eu insisto no mar
Outra vez eu desisto em dias;
Quando da tinta me perco em palavras
Lamento, escuto e me obrigo
A descrever e chorar as rosas;
È quando da luz me faço sozinho
Escureço a casa e arrepio.

Talvez do viver eu ainda tema
Ou da morte presinta pouca tristeza
Porque do meu carinho, do meu perfume
A ausência toma de todo hoje;
E não tenho sequer papeis, travesseiros,
Mantos onde posso adornar,
Amores que possa sentir.

E alguns poucos meses tento,
Tento mentir, tento secar
Prantos que derramo na causa passada
Vidros que rasgo a pele
Sonhos que acordo suando, mentiras.

Hoje vou me esconder no quintal
Vou ser menino, infantilizar.
E mais tarde caminharei sem pressa
E com o vento, na chuva já fina
Dormirei nos corações amigos.


(E não há nada de triste, e sim um desfecho feliz.), Gabriel C.

Um comentário:

Anônimo disse...

"), tô bastante feliz de ter um amigo poeta!!!
Só pra quem pode.