sexta-feira, 29 de agosto de 2008



Lugares ilesos



Turbilhões transparentes de puro fulgor
Num recinto cheio de cactos e balões,
Armas invadem minha casa;
As plantas não florescem o dia.

O porque toma as borboletas fingidas
Ocupadas em situar o resto do mundo;
Esqueço sem querer dos irmãos,
Meus irmãos, irmãos meus. A lucidez
Falta, e a vontade, uma sina viva
Invade as mãos e os movimentos.

Em velocidade, a dor, antítese a flor
perde a cor, a calma e a sintonia
Enquanto espero a solitude (Amarga)
Porque a solidão já não posso evitar.

As labaredas se revelam constelações,
Quando deitado na grama, quando nu
Me banho no céu, me perco e me encontro
Em alguns domínios desertos e alegres;
Vou descobrindo fortalezas ilesas as balas,
As guerras que aniquilam todo amor.


29 de agosto de 2008, Gabriel C.

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