quinta-feira, 20 de novembro de 2008



Poesia vazia



Falares de amor com o coração intacto, então mentes;
Faz uso de palavras tonantes, cheias de dor
Quando teus seios jamais foram deixados no inverno,
Peca tantas vezes sem sair de si mesma, deixando-se amar.

Passas a pé a escorreres lagrimas pelo corpo, pálpebras secas,
Sendo intocável teu dorso, sendo inamável seu antes;
Sendo curto, inflamável e raso teu olhar presente
Não fareis nunca de mentiras tuas, verdades alheias.

Tu que tratas os poetas sinceros, estatuas adoradas
Que distantes escondeis sentidos sagrados;
Não fales de amor no singular e nem fale insensível
Aquilo a quem te ama e daria as letras um sofrer.

Não revelares a poesia tremula de seu amante
Aquilo que fazeis de ti fria no calor de amar,
Não jogais palavras ao léu, descubras tua sina
E perto entendereis que a ti adornarei um sempre.

Ide aos mais fortes versos e verás colossal
Tamanho que se torna os cadernos do ser que relata,
As estrelas, os teus olhos, teu amor
Exige as estrofes mais do que os poetas suportam...


Eis então que faço dos papeis parte de mim;
De minha fala sinos de silêncios gritantes e taciturnos.


Gabriel C.

Um comentário:

Amanda/Mandy disse...
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