sábado, 22 de novembro de 2008



Escassas maneiras de sorrir



Olhando as paredes, saindo de mim devaneio e ardor,
Fotografias espalhadas por todo o teto
Incansável desatino sem freio a gritar tão mudo
Mudo do vidro a força e a poesia me atrai.

O leito em mim, quebradiço como quase tudo
Não me abraça como antes, se vai com a brisa;
Os que passam por mim esquecem as caras
Esquecem partes que constroem meu interior.

Tente entender como sou e como sei,
Que para os poetas as maneiras de sorrir são escassas;
Entendeis que a poesia sincera e bela necessita de dor,
E é a mascara mais verdadeira que o rosto.

Quando fitares meus olhos não se vá sem perceber
Que não preciso que exale nada alem do que possa ser,
Não procuro uma forma de morrer por nada
Procuro um eterno que não seja enquanto dure.

E enquanto isso, sem inspiração uso a necessidade
E se fazem presentes as infinitas formas de chorar.


Infeliz forma de ser, 17 de novembro de 2008, Gabriel C.

Um comentário:

Anônimo disse...

Me trouxe muitas recordções... linda!