quarta-feira, 25 de março de 2009


Ao Dormir



Quando visto o terno de fim, me caibo
E de pouco em muito sinto tudo,
Acho que esses óculos ver-me fizeram
Que carrego mais peso do que vida.

As vezes, conto o ridículo da imensidão,
Tentando encontrar o fim, o motivo;

Tudo que é tão, mais pesado que o mundo,
Tudo que possa guardar o infinito,
E o pouco que posso exercer com o tempo;

As coisas passam, mas não passo
Filetes e vestígios de mim, sou maior
E tão pequeno quanto areia
Seja ela em sua forma, seja ela em grão.

Encontrarei pessoas e pessoas nas ruas
E elas tão coloridas, tão piores e cegas
Esses amantes e amados, essa multidão.

Que os lábios a procura, correm nas bocas,
Mas no fim, à noite, em casa; Estão só
Dormem com frio, cobrem com a solidão.

Só os sentidos, os amantes (os verdadeiros)
Sejam platonicistas ou não, sejam poetas
Descansam jamais, mas a cama estão aos suspiros,
Acariciando o todo e verdadeiro amor.


Gabriel C., estas conversas com Thaynne, Linda Èbano!

Um comentário:

Anônimo disse...

Sou eu!! AdoroOo