sábado, 2 de maio de 2009



Repouso



Eu sei, que por mais promiscuo e inquietante que seja
A flor, a dor, a poesia, tudo que de imediato e flamejante
Que me passa, constrói e destrói, amamenta meu ser.

A tarde, ao léu, as rosas que cruzastes no ar, cheiro belo;
Lavarás vento pulsante e tremenda será a explosão,
Meu presente é mais tranqüilo que Orion, muito mais.

E por mais fatídico que seja, passarás por mim
Passaras por todos aqueles meus passados, os tons,
O correio passará, e as cartas já não terão dono.

Enquanto isso estarei correndo pro Rio, estarei
Voando, planando, mergulhando no mar de espuma,
Eis meu exílio, força demais, gosto demais, vida!

Farás de grande a estadia intrigante do medo, da coragem
Tudo transgredindo rápido, e nada para, nada para
Nada ancora essa sede, e que sede! Que sede.

E transbordará os copos do céu, a linha do horizonte
Essa que vou cuspindo até alcançar os quilates solares
E que não cessarei ofegante até que meus olhos repousem.


Hoje, sistematico e inérte, não vejo quem amo, assim, é quanse não amar. Gabriel C.

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