domingo, 6 de abril de 2008



Minha casa assassinada



Pra quem espera a vida, é difícil
Se deparar com coleção de mortes
De ilimitados monstros frios
Que adornam nos vales escuros

Pra quem pesca sonhos, é difícil
Tomar um susto com a água
De profundos mistérios sem mapa
De anjos tão belos, mas afogados

Pra quem voa tão alto, é difícil
Se ver a não ter asas, ou preso
Num alçapão de cantos tristes
Em madeiras secas sem expressões

Pra quem vive a luz do dia, é difícil
Ver homens fazer chorar
A natureza tão alegre, sagrada
Sendo cada chuva assassinada.

Gabriel C. , 21 de maio de 2007

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