sábado, 5 de abril de 2008





O espelho



Entre inúmeras veredas por onde andei
Nas gavetas presentes só encontro a dor
Colecionei medos, não descrevi o amor;
Apenas em vagos momentos toquei a mim
Lembranças de bocas que nunca beijei, de lugares
Entendo que por nascer só és sempre assim
Procuras alguém por toda a vida, mas é tempo perdido
A gente nasce para procurar a si mesmo
Pra encontrar no fundo cardíaco uma flor
Onde nada, exatamente nada é gratidão
Apenas você se banhando em si próprio

Eu acabei me perdendo em corações esquecidos;
Vi jardins secos, rosas murchas e um espelho .

Olhei pra traz, achei um eu morto.

Gabriel C. 28 de novembro de 2007

Um comentário:

felix disse...

Pow, vc escreve como se fosse Haikai... ou será uma música dos The Doors?