Quando no fim
Quando eu crescer, quando puder enxergar;
Quando estiver mesmo solitário
Sem a presença sequer dos corpos,
Minha única companhia será um retrato.
Eu vejo a flor na encosta da calçada,
Sentirei o frio, me isolarei na manchete
Eu temerei o calor ameno, eu sentirei
O frio vasto, o delírio descrente eu sentirei.
Eu tentarei a morte, voltarei tarde da noite
Sem sequer entender porque tanto amo;
Dormirei no berço de lírios, terei pesadelos
Verei o demônio chamado duvida.
Agora não posso ser mais que comum
Sou um analista na rachadura do asfalto
O vento que passa, a planta que define
A fronteira dialética, a revolta adiada.
Há uma guerra dentro de mim, vejo as fardas
Os soldados se exilam em meu coração
As armas foram esquecidas, o tempo as usa
E escrevo melodias não cifradas a luz da lua.
Quando estiver mesmo solitário
Sem a presença sequer dos corpos,
Minha única companhia será um retrato.
Eu vejo a flor na encosta da calçada,
Sentirei o frio, me isolarei na manchete
Eu temerei o calor ameno, eu sentirei
O frio vasto, o delírio descrente eu sentirei.
Eu tentarei a morte, voltarei tarde da noite
Sem sequer entender porque tanto amo;
Dormirei no berço de lírios, terei pesadelos
Verei o demônio chamado duvida.
Agora não posso ser mais que comum
Sou um analista na rachadura do asfalto
O vento que passa, a planta que define
A fronteira dialética, a revolta adiada.
Há uma guerra dentro de mim, vejo as fardas
Os soldados se exilam em meu coração
As armas foram esquecidas, o tempo as usa
E escrevo melodias não cifradas a luz da lua.
Gabriel C. , 12 de abril de 2008
Um comentário:
"Verei o demônio chamado duvida"
O demônio da incerteza e da insegurança eh aquele que mais me atormenta...
tento guardar cmg que a unica verdade existente eh a que naum existe verdade absoluta...
Poeta, seus versos saum lindos e de tamanha sinceridade...
obrigada!
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