sábado, 12 de abril de 2008



Vai-se o tempo e eu sempre fico



Através de punhos desterro e atento
Tens em tantos segundos temores
O calar, o farol, a ilha e o coração.

Equivoco mentindo ao mastim da vida;
Imploro desde a dor inútil, o tempo
O tempo, que amase pelo mesmo suspense
Que nem tese entretanto ilusão
Pelo menos um lábio que toca o outro
È Isso, que vasto destrói;
Que momentâneo cessa a vontade.

È também ultima, repentino,
Ultimo, ultimato é presença de fim
Presta ao amor a chaga indefinida
Presta ao sertão deserto a cruz
O orvalho, a sacra eterna no poeta.

Esse que sincero não merece tal proeza
Esse, suas canetas, sua melodia
A curva das letras tímidas
Escritas com prantos seus, turvas
E curva-se diante a mesa, se desfaz.


Lamento a solidão nos livros e no mar
Sonhas, quantos olhares aflitos
Rogas que ao tempo aplacas o agora
Que distante avista um existir, um estar
Que nunca medres ao me ver, mesmo só.

Pois cativo-te sempre, espero a hora
Desespero e amo-te como o tempo não mata
Quero-te como o tempo não passa.

Gabriel C. ,28 de dezembro de 2007


Um comentário:

Unknown disse...

amei os dois peimeiros