quarta-feira, 14 de maio de 2008



O corvo passa



O corvo passa, eu estou mais só,
Veraneio entre tudo; a ilusão
Sou pobre, sou exausto e só.
E só, como no polar o sentido,
O caminhar na manha que tardia
Nos compassos de meu sofrimento.

Sou pássaro, sou raiz de dor
E pressinto saturno, mais cedo
Amarrarem o temporal, o sonhar
Que como os dias são vidas,
Tantas que morro a toda hora;
No ninho me debato, me esqueço,
Me acabo na mais pura, flor de lótus;
Que desenha minhas mãos, que dorme
Meu ser quando desperta pálido.

Gabriel C. , 13 de maio de 2008

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