quinta-feira, 26 de junho de 2008




Meu amor



Aqui no deserto, a palma o sol;
Vento que acalma meu silencio;
O porto que não existe;
Os medos que sem mais persiste.
Os sonhos que não os tenho;
Há muito me deixa magoa
Areia que em mim deságua
Tempo, tempo o tempo...
Longe que leva estatua de vidro
Miragem refletida aos olhos meus
No calor preciso e vivo.
E vai-se a ultima gota
Alambrado e meus limites
No mar o luar és triste
Onde estas a sereia cintilante?

No inverno não terei casa,
Pois se na luz quente,
Amor, não sei mais beijar;
E na passarela, no rio
Se vão e ficam meus sapatos;
Nem saberei por onde ir;
Porque não saberei?
Porque quero mentir?
Porque nessas histórias
Suicídio tenta meu pudor.

Querida se esvai, uns dias
Volta, vem, vai... Mas...
Sempre está, nunca se foi
É apenas fabula, vontade oculta
Lá distante, quase no fim
O trem aparece eu ouço ruídos
A velocidade, a altura do edifício
O que pensarei? Retroceder inútil,
Chores em meu peito, lembre
Estás no eterno existir de um poema
Dos meus poemas, do meu amor.

(Ao total contraditório, como os sentidos que iam e vinham na época) Gabriel C., 7 de fevereiro de 2008

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