quinta-feira, 26 de junho de 2008




Sobreviverei



No fulgor do clarão, imenso serei
Assim como termos, futuro é pipa
Que com vento vai, tentarei voar, e depois
Irei vagar por entre todos infernos;
Procurar o que vem depois de cada segundo
Quando Paralelo és tão invisível, sou interprete,
De uma turva vontade de amar;
Vou calar os bueiros, imortais como eles
Para que o passado onde piso
Jamais retorne a viver presente.

É estupefato, viril e inatingível
O que fiz, os corvos degradaram com sol,
Com asas que matam a fome
Do ser que observa do céu a morte,
Que sobrevoa um luar, que transpira;
Que faz-te tão alto o som do silencio.

Ando por aí, tocando bocas, sorrindo
Caço lugares para cultivar o amor
Dos bares, das pernas sobreviverei...

E quando encontrar, não sei, talvez.

Gabriel C., poema estranho.

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