quinta-feira, 26 de junho de 2008





Os anjos


Nesse verde, pálpebras insistem molhar
Às vezes falta luz, vida por exemplo;
E em meio às arvores choras trêmulo,
Do tão doce sentido de amar,
Mas não se levanta e vê a lua
Não tem a casta vontade de aceitar
As asas, e quem vêm te salvar
Quando chega e te avista, nu, sozinho
E teus ombros já frios, teu rosto pálido
Corre violentamente e seus olhos
Nem sequer enxergam o que voa
Quem distante te ama, e que perto lhe quer
Quem platonicamente te esperava
E te viu em prantos querer viver.
Em fim te abraça, e tu repeles
Tenta cantar, mas tu calas o som
Corta suas asas, e mata-lhe.
Enfim o anjo vira apenas uma lembrança
Uma lagrima de sangue na vasta floresta.

(As pessoas matam os anjos, sem mesmo lhes enxergar), Gabriel C., 29 de novembro de 2007

Um comentário:

Anônimo disse...

nossa muito massa
ai que legal
te encontrar, apesar de quase nada lembrar
alem de forrozeiro e poeta!!!
bjuz