terça-feira, 24 de junho de 2008





Minha fala



Um velho musgo a grudar meus dias
Sais de mim sonho passado, sumas!
Se vens assim a querer-me feliz?
Lembra-te, tua liberdade foi meu tormento,
Eterno eram horas de chuva.
Cale a boca, pois me degradei sarjeta;
Como me secas, se nem sei ainda voar?
Porque entras em minha casa sorrindo?

Estou na janela e sinto o vento
Mas achas meu corpo limpo? Acha meus olhos secos?
No mínimo costurados, remelas póstumas
Meu interior agora receio de momento
Que por sinal virá num breve de repente,
Aí, nem saberei onde as mão devem ir
Ou onde o coração irá bater, pois não posso esconde-lo.

Reflita esse ódio repentino, não julgue-o;
Apesar de nem cogitar tal absurdo.
Nesse teatro que a força incendiou
Agora a peça começa, agora é o meu personagem
Minha vez de esquecer do mais próximo
De egoistar meu sonho mesquinho
E olhar onde encaixo a possível felicidade.

Gabriel C., Um dia qualquer...




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