sexta-feira, 18 de julho de 2008




Infelizmente



Infelizmente aos parentes tão cegos
Que não podem ver as únicas coisas do fim
Vou marcando todo telhado com flores.
Infelizmente aos amigos, que não me viram
Eu vou-me embora em poucos dias
E levarei toda minha presença, toda.
Infelizmente ao meu ego com poucos princípios
Que insisto em procurar tudo dentro do corpo
Nas noites escuras ou na lua como hoje,
Não me encontro e aguardo o fim inato.
Infelizmente aos meus dias, que se vão
Que de meu sorriso jamais terão noticia,
Que da triste minha ausência infame e poética
Eles não terão papeis, nem perfumes.
Infelizmente ao meu antigo amor, ao meu
Que de lembrança se fará pura angustia
Porque não posso ser, não posso ficar.
Infelizmente terei de ir e deixar assim
Tão secas as plantas, o cachorro, a caneta.
Infelizmente zarparei subversivo e calado,
Levarei uma bela lagrima, e todas as palavras.


(Infelicidade) Gabriel C., 18 de julho de 2008

2 comentários:

«†»Täyñä®ä«†» disse...

Oque é isso!? Me diz que é uma metáfora!!
Vai mudar não né??!!
bom bjão!!
xauzinho!!
inté
saudades se cuida!!

«†»Täyñä®ä«†» disse...

Poxa vc realmente me assustou!!
e aí como estão todos ?
e vc como está?
espero q bem! bjo!!
FUI!