quinta-feira, 3 de julho de 2008





Quando não estou



Se quando no entardecer sou desconhecido
Isso é já no espelho, já me apresentando
O mais rápido procuro uma musica, um verso
E de claro a poesia me traz adiante.

Se mais breve no teatro sorrio feliz
No mais longo tremo de medo por sorrir;
Se lembro que em terras passadas nasci
Eu recuo e desmancho-me num papel em branco;
Escondo todo o tempo, todos os tons.

Se quando acordo num inverno tão vil
Esqueço o sol e me aqueço com o ainda,
Um porvir que não preciso esperar, o presente
Apresenta-me as margaridas passadas.

Assim vou completando semanas
Vou debruçando sobre os velhos enfeites,
Insistindo em revirar as cartas, os dedicados;
Se quando assim me encontro, é tarde,
É porque costumo não estar em mim.

Gabriel
C., 2 de julho de 2008



Um comentário:

Anônimo disse...

Aiaiaia
Sabe que se tornou o meu poeta
predileto....
bjos....Gosrei dessa aqui, de todas que li...