quinta-feira, 7 de agosto de 2008




Verde Ocular



Sinto cada parte de teu corpo
E desenho de novo astros e pedras,
Teu gosto confunde um alarmar
E procuro na plantação diluída, então vejo:
És verde, belo que teus olhos esbanjam
Esmeraldas cor turva, infinita morada.

Tua pele minério, meu presságio
Cheiro teu dorso, sou grande
E quando em berço tenho aroma
Assim essência escrever pra ti imensa,
Meu lago diminui e posso passar
Quando reflexo se faz teu mel.

Tua boca nem grande, mas tímida
Expressa tal modo, diverso humor;
Pleno quando vais mover meus punhos
Minhas mãos encaminham teus lábios,
Desisto, então vou ao ocular sentido
Por ser bem mais vil, por verdade,
Por beleza miragem avisto.

Mesmo sendo aos teus lábios
Que regresso a tocar-te um beijo.


Para você Abelha, Gabriel C., 6 de agosto de 2008

Um comentário:

Anônimo disse...

Simplesmente AMEI!!!