sábado, 6 de dezembro de 2008



Jimi



Por saber que aos poucos morre, Jimi
Menino sentinela dos dedos mágicos
Expõe seus sonhos a as cores envolta;
Para não dizer, não é Jimi
Que a saudade é de quem a deixou,
Que de pouco Jimi, sofreria bem menos,
Sem afeto, sem alegria, sem sorrisos;
Porque apenas quem ri pode chorar
E nem sempre isso é equivalente.

Jimi, seus dedos precisos, sua voz macia
Diz esse prazer momentâneo, tão curto;
Saudade as vezes faz viver, faz correr,
Distancia não precisa ser corporal
É fácil estar só em uma multidão.

E ao cantar dedos de Jimi, garoto esperto,
Mostra o egoísmo de amar os seres
Pois se dá tanto, para que nada se recebe;
Poucos são seus tons pra falar assim,
Mas insiste e persiste... Descubro longe,
Colossal apesar de mim, como sinto,
Isso que seus timbres cantam, isso e mais
Algumas coisas que nunca são cantadas.

Aos suaves Jimi torce sua guitarra
E no fim ele acaba se apagando como ela;
Jimi ainda não aprendeu a terminar suas canções
Mas o que importa se ele se engrandece ao morrer
Virar lenda e exalar saudade a quem merece.



Quando ouço Jimi Hendrix, 6 de dezembro, Gabriel C.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu gostei desse...da foto principalmente. Colorida.