terça-feira, 17 de fevereiro de 2009



Os Meus Objetos



Os meus lápis de cor, os meus rostos;
Os meus livros, as minhas roupas;
Volto a tua casa, e a olhar teus olhos,
Volto a sua alma, volto a ti
Os pequenos pedaços de mim
O meu eu inteiro, e inteiramente eu
A metade do querer, vontade
A saudade, a despedida, o suspiro.

Volto a ti, a procurar objetos e objetivos
A pegar o que esqueci, o que falta,
O que a tempos reclama o vazio.

Volto escasso por dentro, e por dentro
Sinto descalço e lamento, retorno
Momento e que tempos, retornam
Mas não, mas nem tão assim,
E volto, com as flores recuperadas,
Com o passado de lembranças amadas
Aladas e como elas, a sinceridade
E tudo que eu perdi, tudo mesmo.

Volto pra buscar o resto de mim
Volto a buscar o demasiado eu,
O imenso, e quem sabe tudo enfim.


Quando o passado ainda é vivo, Gabriel C., 17 de fevereiro de 2009

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que conheco o sentido desse poema....